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(198)

24.08.20

"As pessoas consideram muitas vezes que a escrita de um romance começa pela ideia. A bem dizer, um romance começa, antes de mais, por uma vontade: a vontade de escrever. Uma vontade que toma conta de nós e contra a qual não há nada a fazer, uma vontade que nos desvia para tudo o resto. A esse desejo constante de escrever chamo doença dos escritores. Pode-se encontrar a melhor das intrigas romanescas, mas, se não houver a tal vontade de escrever, não se vai a lado nenhum."

 

Joël Dicker, "O enigma do quarto 622"

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publicado às 19:55

(182)

04.07.18

"Não podemos amar quem não conhecemos. Às vezes até nos custa amar as pessoas que conhecemos bem."

 

Os últimos dias dos nossos pais, Joël Dicker

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publicado às 12:15

(166)

09.08.16

"Porque é que escrevo? Porque os livros são mais forte do que a vida. São a mais bela das desforras. São testemunhos da muralha inviolável do nosso espírito, da fortaleza inexpugnável da nossa memória."

 

O Livro dos Baltimore, Joël Dicker, p. 548

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publicado às 12:57

(165)

09.08.16

"- Pára de falar do Drama, Marcus. (...) Houve dramas, e haverá outros dramas e será preciso continuar a viver, apesar de tudo. Os dramas são inevitáveis. No fundo, não têm muita importância. O que conta é como os ultrapassamos."

 

O Livro dos Baltimore, Joël Dicker, p. 541

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publicado às 12:54

(164)

09.08.16

"- Então, Marcus, o que é que vais fazer com estas velharias? Tens uma casa magnífica e vai transformá-la numa loja de antiguidades.

- São apenas recordações, Leo. 

- As recordações estão na cabeça. O resto não passam de estorvos."

 

O Livro dos Baltimore, Joël Dicker, p. 395

 

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publicado às 12:51

(163)

07.07.16

" - Um bom livro, Marcus, não se mede apenas pelas últimas palavras, mas pelo efeito coletivo de todas as que as precederam. Cerca de meio segundo depois de terminar o livro, depois de ler a última palavra, o leitor deve sentir-se dominado por um sentimento poderoso; por um instante, só deve pensar em tudo o que acaba de ler, olhar para a capa e sorrir com uma ponta de tristeza porque vai sentir a falta das personagens. Um bom livro, Marcus, é um livro que lamentamos ter acabado de ler."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 681

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publicado às 10:28

(162)

07.07.16

" - Harry, como sabemos que um livro está terminado?

- Os livros são como a vida, Marcus. Nunca chegam a terminar."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 679

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publicado às 10:21

(161)

07.07.16

" - A verdade não muda nada daquilo que podemos sentir por alguém. É o grande drama dos sentimentos."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 642

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publicado às 10:19

(160)

07.07.16

" - Alimente o amor, Marcus. Faça dele a sua mais bela conquista, a sua única ambição. Atrás dos homens, outros homens virão. Atrás dos livros, outros livros. Atrás da glória, outras glórias. Atrás do dinheiro, mais dinheiro. Mas atrás do amor, Marcus, atrá do amor, só lágrimas salgadas."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 525

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publicado às 10:16

(159)

07.07.16

" - Aí tem a resposta: pouco importa ganhar ou perder, Marcus. O que conta é o caminho que percorre entre o gongo do primeiro assalto e o gongo final. O resultado do encontro, no fundo, não passa de uma informação para o público. Quem tem o direito de dizer que alguém perdeu quando o próprio pensa ter ganho? A vida é como uma prova de atletismo, Marcus: haverá sempre pessoas mais velozes e outras mais lentas. No fim, o que conta é o vigor com que se percorreu o caminho."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 454

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publicado às 10:13

(158)

06.07.16

"- Amor, amor, sempre o amor! Mas o amor não significa nada, Goldman! O amor é um estratagema inventado pelos homens para não terem de lavar a roupa!"

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 445

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publicado às 10:10

(157)

06.07.16

"- Sabe, a liberdade é um conceito interessante. Conheci um tipo que era trader em Wall Street, o género de golden boy que tem muito dinheiro e a quem a vida sorri: um dia, quis ser um homem livre. Viu na televisão uma reportagem sobre o Alasca que teve sobre ele o efeito de um choque. Decidiu que passaria a ser caçador, livre e feliz e viveria do ar puro. Abandonou tudo e partiu para o Sul do Alasca, para o Wrangler. Pois bem, imagine que o tipo, que sempre vencera na vida, venceu mais uma vez: tornou-se um homem livre. Nenhuma ligação, sem família, sem casa: apenas alguns cães e uma tenta. Foi o único homem verdadeiramente livre que conheci.

- Foi?

- Foi. O imbecil foi muito livre durante três meses, de Junho a Outubro. E depois, quando chegou o Inverno, acabou por morrer de frio, depois de comer os cães, já em desespero. Ninguém é livre, Goldman, nem os caçadores do Alasca. Sobretudo na América, onde os bons americanos dependem do sistema, os inúteis dependem da ajuda do governo e do álcool e os índios são livres mas estão circunscritos a jardins zoológicos de seres humanos, aos quais chamamos reservas, onde estão condenados a repetir a lamentável e sempiterna dança da chuva em frente a um amontoado de turistas. Ninguém é livre, meu caro. Somos prisioneiros dos outros e de nós próprios."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 407

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publicado às 10:03

(156)

06.07.16

" - (...) Escrever é ser livre.

Barnaski esforçou-se por rir.

- Quem lhe meteu essas tolices na cabeça? É escravo da sua carreira, das suas ideias, dos seus sucessos. É escravo da sua condição. Escrever é ser dependente. De quem o lê, ou não lê. A liberdade é uma perfeita idiotice! Ninguém é livre. Tenho nas mãos uma parte da sua liberdade, assim como os accionistas da companhia têm uma parte da minha nas deles. A vida é assim mesmo, Goldman. Ninguém é livre. Se as pessoas fossem livres, seriam felizes. Conhece muitas pessoas verdadeiramente felizes?"

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 407

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publicado às 09:51

(155)

06.07.16

"- Na nossa sociedade, Marcus, os homens que mais admiramos são os que constroem pontes, arranha-céus e impérios. Mas, na realidade, os mais nobres e mais admiráveis são os que conseguem construir o amor. Na verdade. não há empresa maior e mais difícil."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 289

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publicado às 09:40

(154)

06.07.16

" - Marcus, sabe qual é o único meio de avaliar quanto ama uma pessoa?

- Não.

- É perdê-la."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 227

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publicado às 09:39

(153)

06.07.16

" - Harry, porque é que os escritores são pessoas tão isoladas? Hemingway, Malville... São os homens mais solitários do mundo!

- Não sei se os escritores são solitários ou se é a solidão que os leva a escrever..."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 145

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publicado às 09:37

(152)

06.07.16

"- Se os escritores são seres frágeis, Marcus, é porque são capazes de experimentar duas espécies de dores sentimentais, ou seja, duas evzes mais que os seres humanos normais: os desgostos de amor e os desgostos de livro. Escrever um livro é como amar alguém: pode tornar-se muito doloroso."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 135

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publicado às 09:35

(151)

06.07.16

" - E o Harry, porque se tornou escritor?

- Porque esrever conferiu sentido à minha vida. Se ainda não reparou, a vida, de uma maneira geral, não tem sentido. A não ser que se esforce por lhe atribuir um e se bata em cada dia que Deus nos dá para alcançar esse objetivo. (...) Ser escritor é estar vivo. (...) No dia em que escrever conferir um sentido à sua vida, será um verdadeiro escritor. Até lá, sobretudo, não tenha medo de cair."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 106

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publicado às 09:32

(150)

06.07.16

"O arrependimento é um conceito que não aprecio: significa que não assumimos aquilo que somos."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 36

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publicado às 09:30

(149)

05.07.16

"Marcus, as obras-primas não se escrevem. Existem por si mesmas."

 

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, Joël Dicker, p. 36

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publicado às 15:37


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